segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Viva intensamente...

"Publicados no Caderno do Sarau Literário Piracicabano de 15 de Dezembro de 2015"

MEU SÁBADO _ Carmelina Toledo Piza

Amanheceu
Fui para o ensaio
Toquei pandeiro
Mas no momento do tocando em frente
A emoção. O choro. As lembranças.
A vida passada a limpo.
De um lugar para outro
Lugar encantado
Encontrei. Homens. Mulheres. Crianças. Bichos.
Queria ir embora
Os livros me tolhiam
Ficava, olhava e desejava mais e mais livros
O lugar encantado
Onde homens. Mulheres e
Crianças se encontram para organizarem
Livros e Revistas
CDs. Discos e Vídeos
Esse é o canto
Do encanto
Que essas pessoas se encontram
Todos os sábados
E viajam com as histórias dos livros e mais livros
No recanto dos livros
Do Lar dos Velhinhos
É esse o lugar encantado

FIM DE ANO _ Esther Vacchi 
A noite chega de mansinho, a lua cheia cintila no céu estrelado trazendo paz e saudade.
Nesta época de fim de ano, com o canto das cigarras incessantes e o perfume das flores, vem as lembranças que ficam guardadas com muito carinho em nosso coração.
Temos algumas semanas ainda, para colocarmos as coisas em dia, vamos limpar gavetas, doar roupas, sapatos, alimentos e montar uma arvore de Natal, e se puder também um presépio simbolizando o nascimento de Jesus. Visitar doentes e levar uma palavra de conforto também é essencial, pois por mais simples que pareça ser é muito gratificante.
Vamos nos preparar, pois esta época é propícia para refletir e nos traz prazer em reunir a família com alegria para comemorar o Natal.

Medíocre _Geraldo Silva
Andei por caminhos vários, na procura de tudo.
Hoje compreendo, que tudo era quase nada.
Desejo apenas sorrir, que nada é praticamente, diante da imensidão do tudo que nos atormenta.
Que desejos que me corroem e acolhem almas envelhecidas. 
Descobri na caminhada, que temos menos passos a dar.
Acordo assustado, em meio a vida, que passou sem eu perceber.
Não digo que seja tarde, mas tenho que correr de pressa
Atrás dos anos que ainda me faltam. Talvez!

Vejo humanos e não humanos, que colhem o que plantam,
E sem saber se atropelam nas mortes.
É a colheita dos seus frutos amargos e doces como fel.
- É o lamento dos fracos e dos fortes se misturando na mesmice
Da vida valiosa que não se soube aproveitar, igual a mim!
Não adianta entristecer, pois o importante é saber quem somos:
Identidade, fotografia do presente que é resto do que fora.
E o início do futuro incerto ainda por vir, pois onde está o agora?
Busque ser melhor do que fora ontem, sem ser medíocre,
Compreendendo que o tudo é nada do que fora tudo.

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