Crianças do (no) face...

Essa criançada... do facebook dá para contar uma história, não é mesmo? Pois bem, então aqui vai a minha visão destes acontecimentos fotográficos postados nesta rede social neste mês de Outubro de 2014. Ana Marly de Oliveira Jacobino

Crianças do (no) face... Ana Marly de Oliveira Jacobino

      A infância é feita para ser vivida; brincando, não é mesmo? Através das brincadeiras, a criança vai modelando seu percurso histórico na caixinha da memória. Somos depois de adultos feitos de pedaços desta criança. Somos feitos de lembranças dos movimentos vividos, tecidos na roca, pelas mãos das irmãs moiras, como: brinquedos, escola, brincadeiras, comida, futebol, laços e fitas, passeios, pessoas, religiosidade, sonhos, vestidos, e tantas memórias..., algumas, quase devoradas por cronos, outras, deixadas de lado pelo faminto deus.

          Muito se fala e escreve sobre as redes sociais, ouvi num debate sobre uma publicação no “Computers in Human Behavior “ de uma pesquisa feita por estudiosos do assunto, revelando o uso excessivo das redes sociais, como o twitter e o facebook, uma mostra de traços de narcisismo pessoal, mas, não quero escrever dessas pessoas que dividem tudo o que fazem na vida, inclusive a hora em que irão ao banheiro! Quero escrever sobre as pessoas que usam as redes de maneira mais frequente para postar coisas interessantes, interagindo fatos, fotos, livros..., enfim, as suas idéias, lembranças, quase sempre, motivadoras para reiterar a importância de haver mudanças significativas na vida de cada uma delas e em seu circuito relacional.
           O facebook neste mês de Outubro, está brincando com a gente, o motivo é sobre, as postagens das centenas de crianças que ilustram as suas páginas. Algumas carregam um sorriso no rosto, outras carregam brinquedos nas mãos, algumas, com laços de fitas nas cabeças, outros, com cabelos curtinhos cortados na barbearia da esquina, meninas desfilam vestidos, meninos calças curtas de linho!
           Lá, estão elas, as “Crianças do Facebook” carregam no rosto tempos de infância, lugares repletos de duende, coelho da páscoa, fada, saci pererê, papai noel, mula sem cabeça, sem tantas preocupações com assaltos, drogas, economia, pedofilia..., elas, simplesmente, exploram a meninice sem medo de ser feliz. Bom, vou parar por aqui, quero ir para o face rever mais momentos retirados e guardados para sempre, através de uma câmera fotográfica Kodak, ou, Fuji, ou Yashica... quero rever a infância!