Adoniran Barbosa é a principal referência do samba paulistano. Um compositor que, literalmente, imprimiu um novo sotaque à música brasileira. Aproveitando a linguagem coloquial falada nas ruas da sua cidade, ele soube criar versos que se tornaram sucesso popular e que entraram para a história.
Dirigido por Nico Prado e com narração de Rolando Boldrin, mescla imagens de acervo com gravações inéditas e traz as participações especiais dos compositores Paulo Vanzolini, Osvaldinho da Cuíca, Wandi Doratiotto; dos cantores Nasi e Pedro Miranda; do conjunto Choro das 3 e do jornalista Lázaro de Oliveira.
Do arquivo da TV Cultura, Mosaicos – A Arte de Adoniran Barbosa recupera imagens do sambista em programas históricos da emissora, como MPB Especial (1972), As Muitas Histórias da MPB (1973), Sotto La Tua Finestra (1976), Aquarelas do Brasil (1976), Festival de Verão do Guarujá (1980) e Vox Populi (1982).
Nascido em Valinhos (SP) e batizado com o nome de João Rubinato, Adoniran Barbosa (1910-1982) exerceu diversas profissões – pintor, mascate, torneiro mecânico, garçom – antes de conseguir se dedicar apenas à carreira artística. Embora seja mais lembrado como compositor – autor dos sucessos Trem das onze, Samba do Arnesto, Saudosa Maloca etc –, Adoniran trabalhou ativamente como ator de rádio-teatro e cinema. Em parceria com o escritor Osvaldo Moles, foi responsável pela criação de personagens históricos, como o divertido Charutinho
O programa convidou o biógrafo de Jackson do Pandeiro, Fernando Moura, a viúva do instrumentista Neuza Flôres e os músicos Geraldo Azevedo, Dominguinhos e Chico César, além do grupo Fubá de Itaperoá, para falarem sobre o compositor nordestino, que morreu em 10 de julho de 1982, aos 62 anos. Outro participante é Severino Antônio da Silva, subsecretário da Cultura e do Turismo de Alagoa Grande, cidade do sertão da Paraiba.
Jackson do Pandeiro pode ser chamado de 'rei do ritmo'. Poucos músicos tiveram o seu virtuosismo. Críticos e estudiosos o consideram o compositor seminal de nossa música popular. Sua influência é sentida em vários intérpretes da MPB. Sua capacidade de dividir o canto e a facilidade com que passava de um estilo para o outro impressionam. Recentemente, um memorial em sua homenagem foi inaugurado em Alagoa Grande, sua cidade natal.
Eu assisti esse programa e gostei de saber coisas muito interessantes sobre o Jackson do pandeiro, vale a pena conferir.
Eita Piracicaba terra de tantos encantos de Arte e Literatura que te adoro tanto.
É então que peço passage pro meu modo de pensa.
Sinto farta das minhas terra de chão vermeio pra pisa; hoje moro aqui nessa cidade feia que nem céu tem pra admira.
É de “rabo de oio” que vejo essa gente que mar pisa no chão e já vai lavano logo os pé com sabão; mar sabe a dona mãe do menino rico e banquelo que meu fio é matusquelo é de tanto corre e não por farta de que come.
O povo daqui acha estranho o meu chapéu véio de paia, eta pessoar ignorante... é bom protege a cabeça pra num ferve no sol escardante.
Lavam o pé “sujo” de barro, atravanca o rio e faz represa e não sabem como é à força da natureza.
Botam edifício pra todo lado, nem sobra espaço pro vento escorre, são gente desavisada e depois recramam quando o rio começa enche.
Mais não posso sê tão egoísta, minha muié sempre diz que às veis a cidade mostra a cara dos artista. E, por outro lado, tem meu trabaio, dá pro sustento e pra cria meus dois rebento.
Eita, só não concordo mesmo é com as escola... ensina bem a ler e escreve; meus menino até jorná sabe entende, mas são eles que ensinam pro professo quando é dia que vai chove.
Ai que sardade do meu chão vermeio, pelo menos é lá que eu hei de morre.”
Aproveite e ouça a beleza poética da letra: Serra da Boa Esperança do homenageado do Sarau das Marchinhas Lamartine Babo, Clique no endereço a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=aOn870IvoRI
A Agonia de um Lobo
Carmelina Toledo Piza
Não a despertei. Não a toquei. Fiquei a observá-la. Sentia-a cada vez mais perto de mim. Dormi.
Acordei com alguém me tocando. Ouço a voz.
É ela? Abro os olhos e a vejo. Mas vem a angústia e o medo do momento da separação. Ela diz:
- Me ajude!
- Como posso ajudá-la?
- Me leve com você. Sinto medo.
- Medo do quê? De quem?
- Medo de tudo. Da morte, da vida, dos caçadores e dos homens. Medo da solidão.
Hoje faz três anos que ela desapareceu. Queria tanto ficar ali e vê-la dormir. Embalar seu sono e penetrar em seus sonhos.
Edson Antonio Di Piero
Uma caneta.
Um pedaço de papel.
Faz-me lembrar você.
Dos meus sonhos.
Dos meus desejos por você.
As palavras saem como por magia.
Não preciso de dicionário.
As palavras saltam no papel.
Como seu vestido.
Leve.
Solto ao vento.
Azul como a cor da caneta.
Como a cor do céu e do mar.
Sem falar da lua.
Branca.
Como a cor do papel.
Eu e você vendo o céu e as suas estrelas.
Camila Giangrossi Meleke
Em 1881 fora fundado,
Definhando pouco a pouco…
Cara amiga.
ResponderExcluirTantas palavras bonitas e tão cheias de afetos.
Presente aos sentidos e ao espírito.
Esteja sempre do lado dos sonhos.
Oi Ana,
ResponderExcluirEstou aqui porque matar a saudade do último Sarau, um dos mais bonitos que já vi. Parabéns pelo seu trabalho.Um abraço!