"A vida se torna mais interessante, após um sarau lítero-musical, a poesia e a música vivificam o espírito de cada participante. A alegria entrelaça as mãos com amizade. O rastapé literário roda solto dentro de cada um!" Ana Marly de OLiviera Jacobino
Sarau Literário Piracicabano em Poços de Caldas (Minas Gerais) abraçados pelo casal Toricelli - Parte 1
Ao som do "Conjunto Caleidoscópio"; mineiros e piracicabanos se irmanam na quadrilha poética! E viva o sarau!
Sarau Caipira em Poços de Caldas (23 de Junho)_Ana Marly de Oliveira Jacobino
Bão disfrute vai começá, aqui pelas bandas do "Arraiar dos Torricelli" pra que tudo desse certo, gardeço a minha comadre Áurea que mi ajudô tanto, e fomo dismontando os pobrema um por um. Brigadu Comadre! Bigadu ao casar Toricelli por toda a festança no seu arraiar. Gardecida!
A caipirada que tumém gosta de recitá e cantá de tanta filicidade, tá cós dente de fora num riso de bocó. Intão, um iscrarecimento desse tar do “dialeto caipira”, que sempre envorve uma discussão, intão, pra crarear as idéia aqui vai uma ixpricação:
Uma pequena parte dos participantes que fizeram a festa em Poços de Caldas
Casal de Anfitriões em Poços de Caldas:os escritores e poetas Ondina e Juraci no momento do sarau.
“Tudo começou na fala de uma mãe de uma aluna do Jardim 1, que veio de São Paulo morar em Piracicaba, e já na primeira semana veio com essa desfaçatez:
_Professora Ana gostaria que a senhora e os amiguinhos de classe fizessem o possível para não falar caipira perto da minha filha. Não quero que ela adote esse linguajar do interior!
Nossa! Doeu na minha alma, fui estudar o nosso “caipirês” para poder embasar a teoria na pratica do nosso falar; e a Lingüística, me correspondeu; aqui vai um pouquinho do que aprendi:
O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico (como dizer "pregunta" e não "pergunta") e, principalmente, do tupi e do nheengatu. Nestas duas línguas indígenas não há certos fonemas como o "lh" (ex: palha) e o "l" gutural (ex: animal). Por este motivo, na fala do caipira, a palavra "palha" vira "paia" e "animal" vira algo como "animar". Este modo de falar, o dialeto caipira, é também conhecido como tupinizado ou acaipirado.
A beleza dos jardins em Poços de Caldas florido nas várias épocas do ano;
O núcleo original do caipira foi formado pela região do Médio Tietê, estão entre as primeiras vilas fundadas no Estado de São Paulo, durante o Brasil colonial, e de onde partiram algumas das importantes bandeiras no desbravamento do interior brasileiro.
Os bandeirantes partiam da Vila de São Paulo de Piratininga e desta região do Médio Tietê, nas chamadas "monções", embarcando em canoas, no atual município de Porto Feliz, para desbravarem o interior do Brasil.
Os bandeirantes partiam da Vila de São Paulo de Piratininga e desta região do Médio Tietê, nas chamadas "monções", embarcando em canoas, no atual município de Porto Feliz, para desbravarem o interior do Brasil.
No quadrilátero formado pelas cidades de Campinas, Piracicaba, Botucatu e Sorocaba, no médio rio Tietê, ainda se preservam a cultura e o sotaque caipiras. Nesta região, o caipira sofreu muitas transformações, influenciado que foi pela maciça imigração italiana para as fazendas de café.
Cornélio Pires foi quem melhor definiu o jeito caipira de ser. Levando em conta as origens, como o indígena brasileiro, a contribuição do negro trazido da África, a combinação com a cultura européia, especialmente a portuguesa e depois a italiana, tudo isso acabou por formar o cerne cultural específico do povo brasileiro: na culinária, na arte, na dança, na música e claro, no vocabulário rico e despojado à margem da língua oficial, a portuguesa.
Ana Marly junto a escritora nicaraguense Angela Reyes em um momento do passeio!
A marca do caipira é sua capacidade para simplificar. São os tar “ataios”, ou mió, soluções indispensáveis para a conservação de seu bem-estar, especialmente quanto à linguagem. Para quê gastar tanto esforço em pronunciar “eucalipto”, se é mais fácil dizer: “calipe, acalipe, calipar”?
O falar caipira revela, a despeito dos justos argumentos dos defensores da língua pura (os tar dos purista), apenas e tão somente o jeito mais fácil de comunicar. Comunicação, por sinal, direta, objetiva e pessoal, porque certamente não existe um meio melhor para se transmitir uma mensagem, e isto o caipira sabe muito bem fazer.
No hino do XV de Novembro de Piracicaba existe muito folclore. A região tem uma alta produção de cana de açúcar e com isso havia uma enormidade de pessoas simples, que viviam do corte da cana, os famosos "pé vermeio" em alusão aos pés sujos da terra vermelho vivo que é característica da região.
Vista do Morro do Cristo Redentor da bela cidade mineira de Poços de Caldas.
Hino Popular do XV de Piracicaba Cáxara de forfe
cuspere de grilo
bicaro de pato
asara de barata
nhéque de portera
já que tá que fique
viemo numa combi véia
sem óio de breque
de orc de raibã
GOOOOOOOOOOOOR
carcanhá de bode
tocera de grama
já que tá que fique
GOOOOOOOOOOOOR
trei veiz cinco é XVXVXV!
Bibliografia:
RIBEIRO, José H. Música Caipira: da roça ao rodeio . São Paulo: Editora 34 Ltda, 1999.
AMARAL, Amadeu. O dialeto caipira. São Paulo: HUCITEC, 1976.
Agradecemos o convite de Juraci e Ondina e pela seguda vez pudemos vir prestigiar o Sarau realizado aqui nesta bela cidade mineira de Poços de Caldas.
Sarau Literário Piracicabano de 19 de Julho terá o tema: Romantismo
Dia 19 de Julho (terça) - Às 19h30
"O Sarau mais charmoso da cidade”
Teatro Municipal Drº Losso Netto em Piracicaba Venha ouvir Poesia, Música, Teatro...
Entrada Franca (lotação 100 lugares retirar na bilheteria do Teatro Municipal).
Homenageados:
Programa Educativa nas Letras
O escritor e poeta português Miguel Torgafotos by Livia Foltran Spada, Ana Marly e Google
Terezinha Sbrissa de São Paulo enviou por e-mail: "Eta turminha animada de causar inveja(inveja da boa).Bjs Terezinha.
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