A mesa está posta com esmero, com carinho fino e sincero.
No centro há um vaso, de uma só flor margarida, combinando com a toalha florida.
Mariana fez café, fez geléia de maracujá, morango e maçã.
Tem queijo bem branquinho, tudo tão limpo e arrumadinho, esperando seu amor chegar.
Mariana, com perfume de laranjeira, moça brejeira e carinhosa, de ancas largas, curvas sinuosas, seios fartos e puros.
Mariana, pele morena, da cor da nossa terra, cor da canela, sabor picante do cravo.. Cheirando a sol e maresia, brilhante e formosa.
Mariana fez café, fez amor tão enternecida e dormiu tão distraída que não viu a noite chegar. Fartou seu amor com comida, com carinhos e dengos, se fez mulher e menina, mulher-dama, inocente e gentil.
Mariana, doce dona de um olhar de matar, v erdes olhos como folhagem, cheios de sonhos de mar.
Mariana descansa, esquecida do tempo a passar, dorme calmamente de tanto amar.
Mariana fez café para seu amado que a contempla, encantado, deslumbrado e saciado, ela é a flor mais linda. Moça pobre, afeita ao trabalho duro, mas sabe fazer um homem sonhar.
Mariana fez café, toda a vizinhança sabe que Mariana vai vadiar, vai fazer seu homem vibrar, saciando sua fome, alimentando sua vida, aquecendo o coração, incendiando de paixão.
Mariana está na preguiça, sonha com seu homem, com seu mundo, esquecida das dores passadas, feridas e mágoas.
Mariana coou o café e os dissabores, amassou o pão e largou todo o passado para trás, aqueceu o leite e apagou a tristeza.
Mariana fez café e novamente se deixou amar.
Mariana, Mariana, tua garra me emociona, quero com você aprender a sonhar e o passado enterrar bem fundo e como você, dele não me lembrar."
O pastar da boiada _ Mauricio Generoso
De manhãzinha,
debruçado nesta velha porteira, fico aqui calado só a observar
os passos longos da garça-boiadeira, que, seguindo o pisotear do gado, sacia sua fome com os insetos que revoam do capim.
Um bando de anu-preto
aguarda o momento de pousar sobre o dorso dos bois, para livrá-los de seus parasitas.
E como é grande a coragem
do anambé-de-capuz
que, empoleirado na orelha do gado, retira com cuidado seu alimento.
Houve-se um gritar,
é o gavião-carrapateiro,
que no lombo do gado
vai se banquetear.

Hace dano querer como te quiero, porque,hasta el alme se me torna esquiva,vivo entre suenos y esntre suenos muerosin que la paz del corazón reviva,------------------
hace dano querer como te quiero, porque,
tenerte con-migo, es falza esperanza,
mi lecho y brazos están vcíos,
yo no consigo calmar mis ansias ni,
apapagar el fuego de mi amor tardío.
------------------
hace dano querer como te quiero porque,
tu olvido apagó el sol de mis días,
mi corazón de dolor se muere, mi soledad,
está desprotegida.
--------------------
hace dano querer como te quiero porque,
vivo solo para amarte,
deja que te quiera, déjame sonarte.
Para que la paz de mi corazón reviva.
** Angela Reyes Ramirez

Amor levado da breca _ Letícia Vidor
Quando tu
piscas pra mim
meu coração
bate forte,
feito um tamborim.
Pouco a pouco,
tu me conquistas,
mas não dou na vista
e nem deixo pistas.
Quando tu me vês
e abre aquele teu
sorriso maroto de garoto, tu me deixas em alvoroço.
Teu jeito despojado de ser
me apraz, me faz sorrir
e só faz crescer o desejo
que sinto por ti.
Quando te vejo
em tua bicicleta
me dá vontade de
fazer amor contigo,
um amor levado da breca.