"“Mome Piaf” foi duramente castigada pela vida, a perda dos seus pais alcóolatras, a gravidez na adolescência, a morte da sua filha, a fizeram transpor para suas interpretações tornando sua vida no palco e sua voz inesquecíveis! Non, je ne regrette rien!""
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Edith Giovanna Gassion nasceu em Paris em 1915, foi uma cantora e letrista francesa. Sua vida foi marcada pela desgraça desde o início de sua vida, fato que exerceu uma influência decisiva em seu estilo interpretativo, lírico e lancinante ao mesmo tempo. Devido a seu aspecto frágil ganhou o apelido que a fez ficar famosa internacionalmente: Piaf (pardal).
O seu canto expressava claramente sua trágica história de vida. Entre seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960). Participou de peças teatrais e filmes. Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre ela, chegando ao cinemas brasileiros em agosto do mesmo ano com o título "Piaf – Um Hino Ao Amor" (originalmente "La Môme", em inglês "La Vie En Rose"), direção de Olivier Dahan.
NON, JE NE REGRETTE RIEN
Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado! (...)
Enquanto, desvendamos a sua história vamos ouvindo a sua voz:
http://youtu.be/4Hqc-NWlNJQ
Filha de um contorcionista acrobata e de uma cantora de cabaré, sua infância foi muito triste. Seus pais separaram-se cedo, sua mãe, alcoólatra e doente, deixou a custódia de Edith com seu pai (também alcoólatra) e a avó paterna. Em função da precária situação econômica da família, Edith ganhava umas moedas cantando nas ruas e cafés de Paris.
A situação piorou quando Edith, aos 16 anos, ficou grávida. Em 1932, teve uma filha chamada Marselle, que morreu com dois anos. A vida da cantora ficou marcada por esta tragédia. Piaf continuou cantando nos cafés e clubes da Rua Pigalle, nos bairros menos recomendados à visitação na Paris daquela época.
"La vie en rose" é a marca desta mulher determinada e apaixonante:http://youtu.be/XPp29GcsLNE
Ela recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra Mundial que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães.
Sua vida mudou quando, cantando na rua, um elegante pedestre parou para ouvi-la. Aquele homem era Louis Leplée, proprietário do cabaré Gerny’s, um dos mais conhecidos de Paris. Depois de um pequeno teste, Edith foi imediatamente contratada. O sucesso não demorou a chegar e ficou conhecida como “Mome Piaf” (pequeno pardal). O próprio Leplée instruiu Piaf para que esta se tornasse uma grande figura do cabaré. Em 1937, nascia uma nova estrela: Edith Piaf.
Foto de cabaret em meados de 1930.
Aos 18 anos, Édith teve sua única filha, Marcelle, que morreu de meningite com dois anos de idade em 7 de julho de 1935. Como a mãe, Édith encontrou dificuldade em cuidar da filha enquanto vivia de cantoria nas ruas, e deixava Marcelle para trás. Dupont criou a criança até à sua morte.
O namorado seguinte de Édith foi um cafetão chamado Albert, que em troca de não a forçar a se prostituir, cobrava comissões sobre o dinheiro que ela ganhava cantando. Ela terminou o namoro quando uma de suas amigas, Nadia, cometeu suicídio para não se tornar prostituta.
Edith Piaf canta C'est l'amour : http://youtu.be/QPGRQdh88Qg
Em 1946, foi para New York e conheceu o grande amor da sua vida, o boxeador Marcel Cerdan, morto em 1949, quando o avião em que viajava caiu. Isto causou em Edith uma profunda depressão, superada através de álcool e tranquilizantes. Esta foi, porém, a época de seus grandes sucessos: La vie em rose e Le trois cloches.
Em 1950, colaborou com Charles Aznavour em canções como Jezébel. Este também foi o ano em que triunfou no Olympia e, em 1956, também o fez no Carnegie Hall, em New York. Depois de um acidente, Piaf ficou desfigurada e tornou-se viciada em morfina. Uma longa lista de doenças foram diagnosticadas e, em 1959, constataram que a cantora tinha câncer.
Em seus últimos anos, a cantora viveu longe dos palcos junto com seu novo marido, o grego Theo Lambukas. Em junho de 1961, Edith foi premiada pela Academia Charles Cross pelo conjunto de sua obra. Morreu em Provence em 1964. Em seu enterro, o cortejo fúnebre foi acompanhado por mais de 40.000 pessoas.
Fique com este video histórico de Piaf: http://youtu.be/6LouKfeuVt0
A idéia do filme nasceu quando o diretor Oliver Dahan viu uma foto da juventude de Edith e percebeu que quase ninguém sabia nada sobre essa época de sua vida. Devido à inúmeros problemas como o envolvimento com cafetões ou uma suspeita de assassinato, ela raramente falava sobre antes de se tornar a famosa Edith Piaf.
O filme é sensacional, é dinâmico, repleto de músicas de Piaf, as mais belas e com imagens e Paris, uma Paris antiga. Vale também pela interpretação de Marion que é excelente. São duas horas de filme, sendo assim é preciso gostar desse tipo de música, pois o filme é muito musical, quero dizer que ela canta boa parte de algumas músicas em 80% das cenas, não é como os filmes musicais que se interpreta cantando, não. Esse longa é a biografia de Piaf, e por tanto há sim muita música nele.
Mesmo assim não é cansativo, ao menos para quem gosta, para os novatos, tentem assistir com a mente aberta, as músicas são bonitas e no mínimo interessastes, uma vez que as letras são traduzidas durante o filme.
Edith Piaf tem cerca de 34 álbuns publicados, sendo 18 com um CD, 2 com dois CDs e 2 com quatro volumes e 1 com nove volumes. Cada um com em média 20 músicas.
Vallois, Thirza. "Two Paris Love Stories", Paris Kiosque, February 1998.
Huey, Steve. Édith Piaf: Biography. Yahoo! Music.
La Môme (2007) Olivier Dahan
youtube
foto google
Que história de vida dessa grande mulher,heim?
ResponderExcluirImpressionante, com tudo que passou ,se deu tanto bem! beijos,chica e obrigado SEMPRE!!!