" A menina pobre e tímida faz da sua voz o caminho para consolidar na sua vida o fado "destino" como é designado em sua origem. Deusa, Rainha, Fada foi Amália quem popularizou fados com letras de grandes poetas, como Luís de Camões, José Régio, Pedro Homem de Mello... Amália tornou a musicalidade portuguesa uma marca aos olhos do mundo. Seus seguidores continuam alavancando o fado e tornando o nome de Amália guardado na memória da história de Portugal. Reverencio Amália e a sua voz! " Ana Marly de OLiveira Jacobino
Amália da Piedade Rebordão Rodrigues (Lisboa, 23 de Julho ou 1 de Julho de 1920 — Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, considerada o exemplo máximo do fado. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os mais ilustres portugueses.
Para muitos, simboliza a própria essência do fado, e mesmo da identidade portuguesa. A sua carreira artística, longa e muito produtiva, atravessa e marca toda a história do fado na segunda metade do século.
Amália, como lhe chamam todos os que a admiram, cresceu no bairro operário de Alcântara, em Lisboa. Mas as suas raízes são rurais. Os pais eram originários da Beira Interior. O pai tocava na Filarmónica de Castelo Branco. Vindos para Lisboa numa mal sucedida procura de trabalho, regressaram às origens deixando a pequena ao cuidado dos avós.
Enquanto desvendamos a sua história vamos ouvindo a sua voz: Amália Rodrigues,"Nem as paredes confesso".
A sua faceta de cantora revela-se cedo. Amália era muito tímida, mas começa a cantar para o avô e os vizinhos que lhe pedem. Na infância e juventude, cantarolava tangos de Carlos Gardel e canções populares que ouvia e lhe pediam para cantar.
Aos 9 anos, a avó analfabeta manda Amália para a escola, que ela muito gosta de frequentar. Acontece que aos 12 anos tem que interromper a sua escolaridade como era frequente nas casas pobres. Escolhe então o ofício de bordadeira mas depressa muda para ir embrulhar bolos.
Ouça na voz de Amália este hino em que canta a dolorida vivência do homem esta composição é marcada pela bela da sua poesia: "Foi Deus" :
Aos 15 anos, vai vender fruta para o Cais da Rocha e torna-se notada devido ao especialíssimo timbre de voz. Integra a Marcha Popular de Alcântara (nas festividades de Santo António de Lisboa) de 1936. O ensaiador da Marcha insiste para que Amália se inscreva numa prova de descoberta de talentos, chamada Concurso da Primavera em que se disputava o título de Rainha do Fado. Amália acabará por não participar, pois todas as outras concorrentes se recusavam a competir com ela.
Conhece nessa altura o seu futuro marido. Francisco da Cruz, um guitarrista amador,com o qual casará em 1940. Um assistente recomenda-a para a casa de fados mais famosa de então, o Retiro da Severa, mas Amália acaba por recusar esse convite, e depois adiar a resposta, pois só em 1939 irá cantar nessa casa.
Estreia-se no teatro de revista em 1940, como atracção da peça Ora Vai Tu, no Teatro Maria Vitória. No meio teatral encontra Frederico Valério, compositor de muitos dos seus fados.
Tenho verdeira paixão por "Canção Do Mar" me emociono e deixo fluir nas minhas veias o meu sangue luzitano fruto de meu avô Caetano de Oliveira pai do meu pai:
Uma casa portuguesa com certeza
Numa casa portuguesa fica bem,
pão e vinho sobre a mesa.
e se à porta humildemente bate alguém,
senta-se à mesa co'a gente.
Fica bem esta franqueza, fica bem,
que o povo nunca desmente.
A alegria da pobreza
está nesta grande riqueza
de dar, e ficar contente...
Canta em todo os cantos do mundo. Passa pelos Estados Unidos onde canta pela primeira vez na televisão (na NBC), no programa do Eddie Fisher, patrocinado pela Coca-Cola, que teve que beber e que não gostara nada. Grava discos de fado e de flamenco. Convidam-na para ficar mas não fica, por que não quer.
Amália dá ao fado um novo fulgor. Canta o repertório tradicional de uma forma diferente. Sintetizando o que é rural e urbano.
Agora fique com a Fada cantando no Japão: Uma Casa Portuguesa".
Em 1943 divorcia-se a seu pedido. Torna-se então independente. Neste mesmo ano actua pela primeira vez fora de Portugal. A convite do embaixador Pedro Teotónio Pereira, canta em Madrid.
Em 1944 consegue um papel proeminente, ao lado de Hermínia Silva, na opereta Rosa Cantadeira, onde interpreta o Fado do Ciúme, de Frederico Valério. Em Setembro, chega ao Rio de Janeiro acompanhada pelo maestro Fernando de Freitas para actuar no Casino Copacabana. Aos 24 anos, Amália tem já um espectáculo concebido em exclusivo para ela. A recepção é de tal forma entusiástica que o seu contrato inicial de 4 semanas se prolongará por 4 meses. É convidada a repetir a turné, acompanhada por bailarinos e músicos.
É no Rio de Janeiro que Frederico Valério compõe um dos mais famosos fados de todos os tempos: Ai Mouraria, estreado no Teatro República. Grava discos, vendidos em vários países, motivando grande interesse das companhias de Hollywood
. Quer mais fado? ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
Amalia Rodrigues - Abril en Portugal - Coimbra . Quer mais fado? ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
http://youtu.be/mdFF0XsOPW4
Sabe-se então que Amália, por muitos apoiada pelo Estado Novo, contribuíra economicamente para o Partido Comunista Português quando este era clandestino. Sepultada no Cemitério dos Prazeres, o seu corpo é posteriormente trasladado para o Panteão Nacional, em Lisboa (após uma pressão dos seus admiradores e uma modificação da lei que exigia um mínimo de 4 anos antes da trasladação), onde repousam as personalidades consideradas expoentes máximos da nacionalidade.
Amália Rodrigues representou Portugal em todo o mundo, de Lisboa ao Rio Janeiro, de Nova Iorque a Roma, de Tóquio à União Soviética, do México a Londres, de Madrid a Paris (onde actuou imensas vezes no muito prestigiado Olympia). Divulgou acima de tudo, a cultura portuguesa…
Para Amalia Rodrigues deixo esta homenagem das "Meninas de Petropólis" que arrancou aplausos do público que assistiu a maravilhosa interpretação:
"Canção do Mar "na espetacular interpretação das "Meninas Cantoras de Petrópolis " no Morro da Urca :
http://youtu.be/ZM5z1Q1Pi14
Autor (Letra): Frederico de Brito// Compositor (Música): Ferrer Trindade
Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Para Amalia Rodrigues deixo esta homenagem das "Meninas de Petropólis" que arrancou aplausos do público que assistiu a maravilhosa interpretação:
"Canção do Mar "na espetacular interpretação das "Meninas Cantoras de Petrópolis " no Morro da Urca :
http://youtu.be/ZM5z1Q1Pi14
Autor (Letra): Frederico de Brito// Compositor (Música): Ferrer Trindade
Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração
Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amália_Rodrigues
blog de Amália Rodrigues
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Linda e importante visita e bela pesquisa! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirObrigada, Chica que alegria em receber este comentário tão carinhoso. Abraços Poéticos Piracicabanos com alma lusitana desta CaipiracicabANA Marly de Oliveira Jacobino
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