“Na colcha de retalhos da poesia costuro com as palavras a história da minha vida, recorto valores passados por meus ancestrais, pintados pela lógica do amor racional! Nasci assim; um ser desprovido de asas por ser humanizado. As lágrimas da minha mãe salgaram meus lábios, mas, não sei se brotaram de alegria ou de tristeza. Tive sim, “licença poética” para nascer neste mundo em que a fraternidade precisa ser redescoberta, através das palavras de um poeta! No jardim das palavras a beleza, mesmo sem ser etérea, acompanha o caminhante pelas alamedas floridas, leiloando a fraternidade para os corações doentes."
Ana Marly de Oliveira Jacobino
Recital do Grupo de Poesia da Casa do Amor Fraterno_Parte 1
Visitantes e participantes do Grupo de Poesia da Casa do Amor Fraterno
Bloco 1 – Inicio
- Com licença poética (Adélia Prado)
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Lili no momento da sua apresentação
Fraternidade (Miguel Torga, in 'Cântico do Homem')
Não me dói nada meu particular.
Peno cilícios da comunidade.
Água dum rio doce, entrei no mar
E salguei-me no sal da imensidade.
Dei o sossego às ondas
Da multidão.
E agora tenho chagas
No coração
E uma angústia secreta.
Mas não podia, lírico poeta,
Ficar, de avena, a exercitar o ouvido,
Longe do mundo e longe do ruído.
Grupo de Poesia fundado por Analuza Teixeira e coordenado por Evair Souza (último da esquerda para a direita)composto por: Lili, Robson, Aline, Andréia, Andressa, Evair
Bloco 2 – Poemas marcantes de diversas apresentações
A Primavera um tanto rebuscada pela luz do sol não mostra o outro lado! O lado da escuridão! Um jardim repleto de erva daninha, e, plantas carnívoras, escondem a aridez, tal qual, a alma humana, desprendida de valores explora o trabalho do outro ser humano! Cobiça, desumanidade para o seu “irmão-humano”. Briga no beco escuro d’alma vazia de compaixão! Sonho um dia poder escutar a sinfonia galáctica e poder conversar com as estrelas. Conversar, o quê? Quanto custa o sonho de poder partilhar mais fraternidade com os “homens” de adoçar a vida com o sabor da amizade. Ana Marly de Oliveira Jacobino
A conta do sonho- Eliza Lucinda
Quanto custo um sonho?
Alguma coisa ele sempre custa
muitas vezes muitas coisas ele custa
outras vezes outros sonhos ele custa
Não importam o percalços, os sacrifícios
os espinhosos enredos. Uma vez vivido
o sonho está sempre num ótimo preço.
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas." (*) Soneto XIII da obra Via-Láctea
Bloco 3 – Celebrando a Amizade com o Pequeno Príncipe
“A gente só conhece bem as coisas que cativou” - disse a raposa. E cativar é um querer que brota na alma ávida em descobrir as alegrias da amizade. Dedicar tempo aos amigos é saborear o gosto sublime da sabedoria envolvente da amizade. O ódio, o medo; transfigura em amor e coragem em contato com as palavras carinhosas de um amigo. Amigo faz bem para a alma doente. E se seu amigo for um poeta ou gostar de poesia, você pode declamar para ele assim:
Se você quiser saber
O segredo do coração
Carregue dentro de si
Amores, ódio e paixão.
**Uma idéia se faz valer
E, atende a expectativa
Intrínseca na sua alma
Sem alguma descrição.
Palavras ajudam vencer
Decrépita, penosa; apatia
Nas vicissitudes da vida
Coma, durma, viva: POESIA
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é o meu leilão.)
O rio de Piracicaba neste domingo 27/11/2011
Visitantes e participantes do Grupo de Poesia da Casa do Amor Fraterno
Bloco 1 – Inicio
- Com licença poética (Adélia Prado)
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Lili no momento da sua apresentação
Fraternidade (Miguel Torga, in 'Cântico do Homem')
Não me dói nada meu particular.
Peno cilícios da comunidade.
Água dum rio doce, entrei no mar
E salguei-me no sal da imensidade.
Dei o sossego às ondas
Da multidão.
E agora tenho chagas
No coração
E uma angústia secreta.
Mas não podia, lírico poeta,
Ficar, de avena, a exercitar o ouvido,
Longe do mundo e longe do ruído.
Grupo de Poesia fundado por Analuza Teixeira e coordenado por Evair Souza (último da esquerda para a direita)composto por: Lili, Robson, Aline, Andréia, Andressa, Evair
Bloco 2 – Poemas marcantes de diversas apresentações
A Primavera um tanto rebuscada pela luz do sol não mostra o outro lado! O lado da escuridão! Um jardim repleto de erva daninha, e, plantas carnívoras, escondem a aridez, tal qual, a alma humana, desprendida de valores explora o trabalho do outro ser humano! Cobiça, desumanidade para o seu “irmão-humano”. Briga no beco escuro d’alma vazia de compaixão! Sonho um dia poder escutar a sinfonia galáctica e poder conversar com as estrelas. Conversar, o quê? Quanto custa o sonho de poder partilhar mais fraternidade com os “homens” de adoçar a vida com o sabor da amizade. Ana Marly de Oliveira Jacobino
A conta do sonho- Eliza Lucinda
Quanto custo um sonho?
Alguma coisa ele sempre custa
muitas vezes muitas coisas ele custa
outras vezes outros sonhos ele custa
Não importam o percalços, os sacrifícios
os espinhosos enredos. Uma vez vivido
o sonho está sempre num ótimo preço.
Ora direis –Olavo Bilac
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto ...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas." (*) Soneto XIII da obra Via-Láctea
Bloco 3 – Celebrando a Amizade com o Pequeno Príncipe
“A gente só conhece bem as coisas que cativou” - disse a raposa. E cativar é um querer que brota na alma ávida em descobrir as alegrias da amizade. Dedicar tempo aos amigos é saborear o gosto sublime da sabedoria envolvente da amizade. O ódio, o medo; transfigura em amor e coragem em contato com as palavras carinhosas de um amigo. Amigo faz bem para a alma doente. E se seu amigo for um poeta ou gostar de poesia, você pode declamar para ele assim:
Se você quiser saber
O segredo do coração
Carregue dentro de si
Amores, ódio e paixão.
**Uma idéia se faz valer
E, atende a expectativa
Intrínseca na sua alma
Sem alguma descrição.
Palavras ajudam vencer
Decrépita, penosa; apatia
Nas vicissitudes da vida
Coma, durma, viva: POESIA
Leilão de Jardim (Cecília Meireles)
Quem me compra um jardim com flores?
Borboletas de muitas cores,lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é o meu leilão.)
Interpretação Musical no Recital de Poesia
Um presente para você:O rio de Piracicaba neste domingo 27/11/2011
Ana,sempre é um grande prazer passar aqui e ver as novidades de vcs piracicabanos!Quantos momentos preciosos de poesia!Eu adorei e me encantei!Ficou muito linda sua homenagem a Chica tb!Bjs e boa semana!
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