![](https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xap1/v/t1.0-9/11949257_809878172453961_8922976736198506537_n.jpg?oh=11b5f88111f6b734a2a3010280fefa47&oe=570B074B&__gda__=1464273303_e712f72c6ce10634d0395a4255c00d38)
Coletivos contemporâneos _ Carmen M.S.F.Carmen Pilotto
Novos tempos se anunciam enigmáticos... Observo a solitude voluntária de alguns e o temor da solidão de outros que se juntam em bandos nas situações pontuais: casamentos, velórios,eventos festivos, cerimônias civis, redes sociais entre outras. E se aquietam com seus pares na esperança de dias melhores
![](https://scontent-mia1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xfp1/v/t1.0-9/1003553_809878609120584_9056767726755380735_n.jpg?oh=326ce719466ec54a138372aa34e38421&oe=573C1666)
É sempre muito bom viajar no tempo e lançar olhares de uma saudade gostosa, vivida com intensidade, deixando-se levar por uma correnteza deliciosa, que se opõe ao mesquinho formigar do mundo e, navegar, navegar e navegar só por puro prazer, "vendo um mundo num grão de areia, um céu numa flor silvestre e, ao ter o infinito na palma da mão, o tempo se eterniza nesses minutos."Carlos Roberto Furlan
![](https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpl1/v/t1.0-9/12552723_809879105787201_7071140041773574495_n.jpg?oh=fcf62d79a3cbe06fb312ecb26a044691&oe=5745146D&__gda__=1460741345_531588a599d00316ceb7414f37849871)
ENVOLVENTE RELICÁRIO _ Dulce A.S.Fernandez (Carmen Pilotto
Oh! sol! que no tear dos dias
Eclodes a repartir calor, claridade...
Mandaste um de teus ramos
Tão acariciante! Solto e alegre,
Entrou pela antiga janela da sala
E, docemente, amenizou as dores
Da idosa e sonhadora senhora.
E de dourado ia se pintando a tarde.
Curioso, cheio de feixes de ouro
Inundou a sala de luz.
- Mas que lindo! Disse ela
Olhando as flores iluminadas
No jarro de violetas sobre o linho
Bordado delicadamente de fios de seda.
O envelhecer deu-lhe tanta formosura:
No vestido de chita estampadinha;
No alto da cabeça, um birote;
Olhos cor- de- rosa teciam lembranças.
Naquele aposento, vestido de silêncios,
Brotaram recordações de tempo tão distante...
Na arca dessas recordações
Mil cancelas foram abertas.
E, o raio de sol, admirado, envolvente,
Ouviu histórias mirabolantes:
Festa de tempos dourados;
Grinalda banhada de perfume
Matizada com explosões de amor.
E o coração grisalho foi cantando
Sonhos, verdade, morte,
Que, se juntaram, se entrelaçaram
Na misteriosa beleza da vida.
Na poltrona, a boneca de feltro
De olhos de contas sorri;
No quadro da janela aberta,
Visão do belo jardim,
Nas roseiras, brilha um novo rocio;
E numa nesga do céu,
Súbito, passam aves
Formando um bando triangular.
Emocionado, o ramo de sol, em despedida,
Oscula a face da encantadora senhora.
Oh! sol! que no tear dos dias
Eclodes a repartir calor, claridade...
Mandaste um de teus ramos
Tão acariciante! Solto e alegre,
Entrou pela antiga janela da sala
E, docemente, amenizou as dores
Da idosa e sonhadora senhora.
E de dourado ia se pintando a tarde.
Curioso, cheio de feixes de ouro
Inundou a sala de luz.
- Mas que lindo! Disse ela
Olhando as flores iluminadas
No jarro de violetas sobre o linho
Bordado delicadamente de fios de seda.
O envelhecer deu-lhe tanta formosura:
No vestido de chita estampadinha;
No alto da cabeça, um birote;
Olhos cor- de- rosa teciam lembranças.
Naquele aposento, vestido de silêncios,
Brotaram recordações de tempo tão distante...
Na arca dessas recordações
Mil cancelas foram abertas.
E, o raio de sol, admirado, envolvente,
Ouviu histórias mirabolantes:
Festa de tempos dourados;
Grinalda banhada de perfume
Matizada com explosões de amor.
E o coração grisalho foi cantando
Sonhos, verdade, morte,
Que, se juntaram, se entrelaçaram
Na misteriosa beleza da vida.
Na poltrona, a boneca de feltro
De olhos de contas sorri;
No quadro da janela aberta,
Visão do belo jardim,
Nas roseiras, brilha um novo rocio;
E numa nesga do céu,
Súbito, passam aves
Formando um bando triangular.
Emocionado, o ramo de sol, em despedida,
Oscula a face da encantadora senhora.
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